quinta-feira, 22 de julho de 2010

Economia Doméstica na Mídia: Globo Repórter do dia 23 de Julho

GLOBO REPÓRTER: Orçamento doméstico


O Globo Repórter da próxima sexta-feira irá destacar a importância dos brasileiros planejarem suas finanças pessoais e organizar um eficiente orçamento doméstico, este será o tema do programa, no qual, traz a opinião de especialistas na área, e dentre os profissionais que se destacam nessa área está o Economista Doméstico. O profissional que lida com manejo de recursos financeiros tem a aptidão para tratar desse tema. A professora e Coordenandora do curso de Economia Doméstica do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa, Ana Lídia C. Galvão e algumas discentes do curso, estarão dando as dicas e orientando as pessoas a planejar seu orçamento doméstico. Vale a pena conferir e divulgar!



Fonte: Guélmer Jr. Almeida de Faria
           Economista Doméstico

XXII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Com o marco histórico de 42 anos de existência a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos se prepara para realizar a vigésima segunda edição do Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CBCTA), evento que acontece em anos pares e é um dos maiores da América Latina reunindo os profissionais envolvidos com alimentos nas áreas de ciência, agricultura, tecnologia, nutrição e saúde. Desta vez estaremos em Salvador, capital da alegria, desfrutando de sua beleza e hospitalidade dos baianos, além de uma programação atraente, atual e rica em inovações científicas. A Secretaria da sbCTA – Bahia, será a responsável para sediar em 2010 o XXII CBCTA. Este marco científico, além de proporcionar a divulgação do conhecimento e do desenvolvimento Tecnológico e Industrial da área de alimentos do nosso País, servirá para melhorar o intercâmbio entre as instituições nacionais e internacionais. promovendo a cooperação entre profissionais, empresas, pesquisadores, docentes e discentes de pós-graduação e graduação, refletindo a importância das áreas de alimentos, com seus contrastes e responsabilidades.

O Congresso terá como tema: Ciência e Tecnologia de Alimentos: Potencialidades, desafios e inovações.

O Programa científico será abrangente e diversificado com conferências, palestras, painéis, mesas-redondas, experiências bem sucedidas, cursos de atualização e somados aos trabalhos científicos que serão apresentados em sessões simultâneas na forma de pôsteres,

Complementar a estas atividades, estaremos com um espaços reservados para exposição das Organizações nacionais e internacionais, empresas e laboratórios.

O evento contará com o apoio das Universidades Federais, Estaduais e Mantenedoras do nosso País, Instituições do Governo e Agências de fomentos, Indústrias de Alimentos, Exportadores e Instituições de Pesquisas.

A realização deste evento no Estado da Bahia servirá como laboratório para, sediarmos o XVI World Congress of Food Science and Technology que faz parte do International Union of Food Science & Technology (IUFoST), confirmado para acontecer em Salvador em 2012. Este Congresso internacional será um marco divisor na história da Ciência e Tecnologia de Alimentos no nosso País e, em especial, do nosso Estado, pois ainda nenhum país do hemisfério sul hospedou tal evento.

Em função da importância deste evento para o desenvolvimento sócio-econômico do país temos o prazer de convidá-lo (a) para participar do XXII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos.


Objetivo

Promover o debate e a disseminação do conhecimento científico nas áreas de Ciência, Tecnologia e Engenharia de Alimentos, destacando as potencialidades, os desafios e as inovações nos cenários nacional e internacional.


 Justificativa

Na cadeia produtiva de alimentos, a cada dia, são colocados desafios na perspectiva de abastecer a população, respeitar práticas alimentares, promover a saúde e proteger o meio ambiente. Assim, os mais recentes indicadores sociais, econômicos e científicos apontam para a necessidade de buscar soluções, trabalhar potencialidades e apresentar as inovações advindas dos diversos segmentos desta área.

Neste cenário, Universidades e Centros de Pesquisas assumem papel relevante e contribuem para o desenvolvimento científico e tecnológico, pela organização e execução de um evento científico destinado ao intercâmbio e à difusão de conhecimentos na área de Tecnologia e Ciência de Alimentos, o que revela compromisso com a sociedade.

A Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, consoante aos seus princípios regimentais e alinhada à iniciativa das instituições de pesquisa, apóia a realização do Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, pela oportunidade de congregar a multidisciplinaridade dos envolvidos na área de alimentos em todo o Brasil, compreendendo desde os comprometidos com a produção primária até aqueles que atuam nos setores que expressam as mais recentes tecnologias.

O XXII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos constitui a concretização de objetivos que visam promover o debate e a disseminação do conhecimento no setor de alimentos, destacando as suas potencialidades, os seus desafios e as suas inovações.

Maiores informações: http://www.cbcta.com.br/index.asp

PRORROGADOS OS PRAZOS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS ATÉ DIA 23 DE JULHO DE 2010.

II Semana Nacional de Economia Doméstica

II Semana Nacional de Economia Doméstica


TEMA: AGRICULTURA FAMILIAR COMO POLÍTICA PÚBLICA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



DATA: 10 A 13 de agosto de 2010

LOCAL: CEGOE/UFRPE







APRESENTAÇÃO

A Economia Doméstica tem seu enfoque na promoção da melhoria da qualidade de vida do individuo, da família e da comunidade. O meio no qual está inserido o ser humano é seu objeto de análise, pensando o desenvolvimento local e regional numa perspectiva sustentável como uma necessidade para a manutenção da vida e a globalização pensada de modo sustentável pode ser considerada como um dos grandes desafios do mundo atual.





Estudiosos/as, Cientistas e Sociedade Civil vem ao longo de décadas refletindo temas referentes a manutenção de nosso planeta, no que diz respeito as transformações climáticas, sociais, ambientais, políticas e econômicas. Assim, durante a II Semana Nacional de Economia Doméstica pretendemos debater o tema agricultura familiar como política pública para o desenvolvimento sustentável.





Serão abordados temas como: Agricultura Familiar; Políticas Públicas; Sustentabilidade; Economia Solidária, Soberania Alimentar, Consumo e Qualidade de vida numa perspectiva de classe, Gênero, Raça/Etnia e Geração.





O diferencial nesta edição da Semana Nacional de Economia Doméstica é a realização da Feira de Economia Solidária, cuja finalidade é promover o intercambio entre os/as participantes, proporcionando oportunidade de divulgar e comercializar sua produção. Além disto, realizar rodas de conversa e oficinas, como um espaço de troca de experiências e vivências, com a participação de artesãos e artesãs, agricultores/as familiares, estudantes, gestores públicos, instituições públicas, movimentos sociais e ONGs.













OBJETIVO GERAL

• Promover debates e discussões acerca do tema Agricultura Familiar como Política Pública para o Desenvolvimento Sustentável entre os/as profissionais e estudantes de Economia Doméstica, estudantes de outras áreas do conhecimento, agricultores familiares, Organizações Governamentais e Não-Governamentais e sociedade em geral.













OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar as Políticas Públicas para Agricultura Familiar nos âmbitos local e regional para planejar ações extensionistas;

• Refletir sobre a formação do/a Economista Doméstico para ações de Extensão Rural e Urbana com foco na Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável;

• Oferecer o curso de Formação em Economia Solidária;

• Promover oficinas práticas e teóricas de temas relacionados com a Economia Doméstica e Economia Solidária;

• Realizar a feira de Economia Solidária cuja finalidade é promover o intercâmbio entre os/as participantes, oferecendo oportunidade de divulgar e comercializar a produção, bem como um espaço de troca de experiência.

• Promover a divulgação do Curso de Economia Doméstica e a atuação profissional no âmbito das políticas públicas de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável;

• Continuar as discussões do XX Congresso Brasileiro de Economia Doméstica visando ações concretas da atuação e inserção do/a profissional no mercado de trabalho.













PROGRAMAÇÃO DA II SEMANA NACIONAL DE ECONOMIA DOMÉSTICA

DIA 10 DE AGOSTO DE 2010

MANHÃ:

8:30 - Inscrições e credenciamento

10:00 - Reunião da Diretoria da ABED

12:00 - Almoço

TARDE:

14:00 - Solenidade de Abertura

15:00 às 16:00 - Mesa-redonda: Agricultura Familiar como Política Pública para o Desenvolvimento Sustentável

Palestrantes: Francisco Roberto Caporal

José Coimbra Patriota Filho: Secretaria de Desenvolvimento e Articulação Regional de PE

Maria de Fátima Massena de Melo: Economista Doméstico, Profª do Deptº de Ciências Domésticas-UFRPE (Coordenadora/Debatedora).

16:00 - Debate

16:30 - Confraternização e apresentação cultural

17:40 às 20:00 - Reunião de Coordenadores/as, Diretores/as do curso de Economia Doméstica e Representantes de Classe.

Coordenadora: EDs de outros Estados

Relatoria: EDs de outros Estados





DIA 11 DE AGOSTO DE 2010

MANHÃ

8:00 - Oficinas e mimi-cursos - atividade paralela

8:00 às 9:00 - Relatos de Experiências (convidar Eds de outros Estados para apresentar seus relatos).

Coordenadora: Daisyvângela-Economista Doméstico/Profª do Deptº de Ciências Domésticas/UFRPE

9:20 - Debate

9:40 às 11:10 - mesa-redonda: Os projetos e Programas Governamentais de Agricultura Familiar sob a Ótica do/a Agricultor/a e do/a Economista Doméstico como Extensionista Rural

Palestrantes: Andréia Butto-MDA

Djalma Paz-Prefeito do Município de Glória do Goitá

Representante Agricultor/a Familiar

Nayra Luiza- Economista Doméstico; Extencionista/IPA

11:10 - Debate

12:00 - Almoço

TARDE

13:30 - Roda de conversa: (para cada roda de conversa-02 Coordenadores/as e 02 Relatores/as)

Coordenadores/as: Márcia Paz(1); Fatima Massena(2); Roberto José; Mª Vicência Tenório(3); EDs de outros Estados

Relatoria: EDs de outros Estados

•1. Roda de Conversa: TEMA: Urucum como atividade lucrativa na Agricultura Familiar

Convidados/as: Gestores/as; Agricultores/as; Secretarias de Agricultura Municipais; IPA; Curso de Agronomia

•2. Roda de Conversa: TEMA: A pesca artesanal como geração de renda para mulheres pescadoras.

Convidados/as: Pescadoras; curso de engenharia de pesca; IPA; SEAP; CPP

•3. Roda de Conversa: TEMA: Agricultura Familiar: Consumo e comercialização.

Convidados/as: Curso de E.D e Agronomia; Agricultores/as Familiares.

4. Roda de Conversa: SUGESTÃO relaciona ao tema

16:30 às 17:40 - Mesa-Redonda: Economia Solidária e as Políticas Públicas na Perspectiva da Sustentabilidade

Palestrantes: Rosana Oliveira Pontes de Souza - Artesã/Representante dos Empreendimentos de PE no Fórum Brasileiro da ECOSOL/Conselheira do Conselho Estadual da ECOSOL de PE/Representa o Fórum Brasileiro da ECOSOL no Mercosul.

Roberto Marinho - Profº; Diretor de Fomento da Secretaria Nacional de Economia Solidária/ECOSOL:Ministério de Trabalho e Emprego

Kátia Sette:

Raquel Aragão Uchoa - Economista Doméstico/Profª do Deptº de Ciências Domésticas-UFRPE (Debatedora/Coordenadora).

17:40 - Debate

18:00 - Intervalo

18:20 às 20:00 - Reunião de Coordenadores/as, Diretores/as do curso de Economia Doméstica e Representantes de Classe

Coordenadoria: Economista Doméstico

Relatoria: Economista Doméstico





DIA 12 DE AGOSTO DE 2010

MANHÃ:

8:00 - Curso de Formação em Economia Solidária - atividade paralela

Mini-cursos: atividade paralela

Oficinas: atividade paralela

8:00 às 9:30 - Apresentação dos encaminhamentos das Rodas de Conversas

Coordenador/a: Economista Doméstico

9:30 às 10:50 - Soberania Alimentar como Política Pública na perspectiva da Agricultura Familiar

Palestrantes: Mariana Suassuna

CONAB

MDS ou CONSEA

Zênia Tavares-Economista Doméstico/profª do Deptº de Ciências Domésticas-UFRPE(Coordenadora da mesa)

10:50- Debate

11:10 - Relato de Experiências

Coordenador/a: Economista Doméstico

12:20 - Almoço

TARDE

13:30 às 14:10- Mesa-redonda - Políticas Públicas para o Desenvolvimento sustentável: o papel do Estado

Palestrantes:Laura Duque-Arrazola-Profª do Deptº de Ciências Domésticas

Maria Vicência Tenório-Extenionista IPA

14:10- Debate

14:30 às 15:00 -Palestra: Qual o papel a importância das Associações, Sindicatos e Conselhos de classe?

Palestrante: Sugestão: advogado (com experiência na área sindical)

15:00 - Debate

15:20 - Intervalo

15:40 - Assembléia Extraordinária da ABED

Oficinas - atividade paralela





DIA 13 DE AGOSTO DE 2010

MANHÃ:

8:00-Curso de Formação em Economia Solidária - atividade paralela

8:00 às 18:00- Fórum Estadual de Economistas Domésticos

Pauta: Encaminhamentos das propostas dos grupos de trabalhos formados no XX CBED

Coordenação: Sande Gurgel-Economista Doméstico/profª da UFC

18:00 - Confraternização

Fonte: UFRRJ

MESTRADO EM ECONOMIA DOMÉSTICA-UFV/EDITAL 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DOMÉSTICA



PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA DOMÉSTICA(PPGED)
MESTRADO ACADÊMICO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ECONOMIA FAMILIAR

EDITAL DE SELEÇÃO 2011

1 - INSCRIÇÕES:

Do dia 16 de maio a 15 de setembro de 2010, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFV estará recebendo inscrições para o Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica – Mestrado Acadêmico. As inscrições poderão ser feitas na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação ou encaminhadas, pelo correio, ao seguinte endereço: Universidade Federal de Viçosa, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Av. Peter Henry Rolfs, s/n, Campus Universitário, Viçosa, MG. CEP: 36570-000.

2 - DOCUMENTOS NECESSÁRIOS À INSCRIÇÃO:

1- Formulário próprio de inscrição (duas vias)

Nesse formulário, especificamente no Plano de Trabalho, o candidato deve indicar o possível orientador e o tema da proposta de pesquisa, definido a partir daqueles relacionados pelo Corpo de Orientadores, no item 8.

2- Cópia autenticada do diploma ou declaração de conclusão do curso de graduação;

3- Cópia autenticada do Histórico Escolar do curso de graduação, explicitando o sistema de avaliação;

4- Currículo Padronizado do PPGED em uma via (com comprovante);

5- Uma foto 3 x 4;

6- Cópia da Certidão de Nascimento ou Casamento;

7- Cópia da Carteira de Identidade;

8- Cópia do CPF;

9- Cópia do Título de Eleitor;

10- Cópia do Documento do Serviço Militar;

11- Três cartas de referência;

12- Boleto de Pagamento de Taxa de Inscrição / Devolução de Bolsa;

13- Proposta de Projeto de Pesquisa*.

* A proposta de Projeto de Pesquisa deverá ser apresentada de forma clara e objetiva, indicando uma das Linhas de Pesquisa do Programa. Deve conter: o problema, a justificativa, os objetivos, a revisão bibliográfica, a metodologia e a bibliografia. O texto deve ter entre 8 e 10 páginas, em espaço 1,5, letra Times Roman, fonte 12, margens 3,0 e formato A4.

3 - PROCESSO SELETIVO:

O processo seletivo será composto de 3 (três) etapas.

1ª ETAPA: Prova escrita e Análise da proposta de Projeto de Pesquisa

- Prova escrita:

A Prova versará sobre temas relacionados à Área de Concentração. A Referência Bibliográfica estará disponível na Secretaria e no Site do Programa www.ppged.ufv.br. A prova escrita terá duração de 4 horas. O local e a data da prova serão divulgados posteriormente.

- Análise da proposta de Projeto de Pesquisa:

Serão considerados os seguintes critérios: o problema e sua adequação às linhas de pesquisa do Programa; objetivos, justificativa e revisão de literatura; coerência metodológica; redação clara, objetiva e precisa. Os projetos que não se adequarem à área de concentração e/ou às linhas de pesquisa serão desclassificados.

OBS.: Os candidatos que não obtiverem a média mínima de 60% em cada uma das avaliações serão desclassificados.

2ª ETAPA: Entrevista

A entrevista será realizada com a Comissão Coordenadora do Programa e versará sobre o conteúdo e a relevância da proposta de pesquisa apresentada pelo candidato, às demais condições relacionadas às possibilidades de execução do projeto e ao conteúdo da prova escrita. O local e a data da entrevista serão divulgados posteriormente.

OBS.: Os candidatos que não obtiverem a média mínima de 60% na entrevista serão desclassificados.

3ª ETAPA: Análise de Currículo

O currículo devidamente comprovado deverá seguir o modelo padronizado do PPGED, em anexo.

OBS.: O currículo será classificatório.


4 - DISTRIBUIÇÃO DE PESOS DO PROCESSO SELETIVO

1ª ETAPA: Prova Escrita: 3.5

Proposta de Pesquisa: 2,5

2ª ETAPA: Entrevista: 2,0

3ª ETAPA: Currículo: 2,0


5- NÚMERO DE VAGAS:

O programa oferece 17 vagas, podendo este número ser alterado a critério da Comissão Coordenadora.


6- LINHAS DE PESQUISA DO PROGRAMA:

1) Família, Políticas Públicas e Avaliação de Programas e Projetos Sociais: Visa analisar políticas públicas e suas interfaces com o sistema familiar, bem como, identificar, analisar e avaliar programas públicos e privados que interferem no cotidiano deste sistema.

2) Estudo da Família e Economia do Consumo Familiar: Abrange os estudos de gênero e reprodução social, envolvendo as relações intra e interfamiliares e a interdependência da família com seu ambiente físico, tecnológico, sócio-cultural, econômico e político; visando, inclusive, analisar as relações da família/indivíduo com o mercado e seu comportamento, enquanto unidade consumidora de bens e serviços.

3) Família, Bem-estar Social e Qualidade de Vida: Analisa as atividades, as tarefas e os problemas concretos do viver nos quais as famílias e/ou indivíduos se engajam, de forma permanente e continua, à medida que procuram satisfazer suas necessidades individuais e coletivas para alcançar melhoria do bem-estar e da qualidade de vida.


7- ORIENTAÇÃO DO ESTUDANTE:

A orientação do estudante será realizada por um professor do Programa que seja credenciado no Conselho Técnico de Pós-Graduação da UFV. A indicação do orientador será feita após a seleção dos candidatos e deve contar com a aquiescência do mesmo.


8- NÚCLEO DOCENTE DO PROGRAMA E TEMAS DE PESQUISA:

Profª Drª Amelia Carla Sobrinho Bifano: D.S. Engenharia - Engenharia de Produção;
- Tecnologias domésticas e sua relação com o cotidiano no universo familiar; Trabalho formal, trabalho doméstico e suas inter-relações com as questões ideológicas, políticas e socioculturais; Inserção de novas tecnologias no mundo doméstico e suas repercussões na organização do espaço doméstico, na distribuição das atividades e na aquisição de novas mercadorias; Alterações no mundo do trabalho e suas repercussões na organização do mundo doméstico; Saberes incorporados e técnicas de adequação ao uso de produtos; Desenvolvimento e avaliação da adequação de projeto/produto para as pessoas e suas utilizações cotidianas; Perspectivas teóricas que podem ser adotadas para a explicação das relações mediadas estabelecidas pelos sujeitos, as tecnologias e seu mundo cotidiano.



Profª Drª Karla Maria Damiano Teixeira: Ph.D. Ecologia Familiar;
- Administração de recursos na família; Família e trabalho remunerado; Relações familiares e família-ambientes; Exclusão/Inclusão social; Envelhecimento; Violência familiar.





Profª Drª Márcia Pinheiro Ludwig: D.S. Arquitetura e Urbanismo;
- Conflitos ambientais; Modos de morar na contemporaneidade, Habitação e cultura; Território/lugar; Estudos ligados à discussão de desenvolvimento e sustentabilidade.



Profª Drª Maria das Dores Saraiva de Loreto: D.S. Economia Aplicada;
- Família, redes sociais e qualidade de vida; Estudos e avaliações de políticas, programas e projetos sociais; Conflitos e violência; Família, ciclo de vida, trabalho e relações de gênero; Cotidiano, economia familiar e solidária; Agricultura Familiar, meio ambiente, assentamentos rurais, desenvolvimento e sustentabilidade; Mulher, criança/adolescente: vida e trabalho.



Profª Drª Maria de Fátima Lopes: D.S. Antropologia Social;
- Estudo da Família e Gênero.



Profª Drª Maria de Lourdes M. Barreto: D.S. Educação - Desenvolvimento Humano e Educação;
- Estudo das famílias sob a perspectiva do desenvolvimento familiar e do desenvolvimento humano; Políticas Públicas, Programas e Projetos Sociais para as infâncias; Políticas de Proteção às Infâncias; Construção do conhecimento social envolvendo temáticas ligadas às linhas de pesquisa do Programa tendo crianças e adolescentes como fontes privilegiadas da pesquisa.



Profª Drª Neide Maria de Almeida Pinto: D.S. Ciências Sociais - Sociologia;
- Família e políticas públicas para a habitação; Processos sociais e Identidades territorialmente construídas; Espaços Urbanos e Segregação Socioespacial. Sociabilidades e Modos de Vida e de Moradia nas cidades e no meio rural. Exclusão Social.



Profª Drª Neuza Maria da Silva: Ph.D. Economia da Família e do Consumidor;
- Consumo doméstico em geral, seja individual ou familiar; Impactos ambientais do consumo doméstico.



Profª Drª Simone Caldas Tavares Mafra: D.S. Engenharia - Engenharia de Produção;
- Qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho; Ergonomia no cotidiano da família; Arranjos domiciliares, tomada de decisão e 3ª idade; Envelhecimento funcional e qualidade de vida; Acessibilidade cotidiana; Tomada de decisão familiar e ciclo de vida. Políticas Sociais e Idoso.



Profª Drª Tereza Angélica Bartolomeu: D.S. Engenharia - Engenharia de Produção;
- Vestuário e sociabilidade; Cultura material têxtil: objetividade e simbolismo; Moda e consumo na contemporaneidade; Economia informal e microempreendedorismo; Programa de geração de renda; Redes de troca de colaboração solidária; Formação de empresas comunitárias auto-gestionárias, Produção de artesanato têxtil como estratégia para geração de renda e emprego; Arranjo produtivo local do vestuário; Planejamento, controle e produção do vestuário; Higienização e conservação de materiais têxteis; Hotelaria e hospitalidade.

9- SELEÇÃO:

A seleção dos candidatos é realizada pela Comissão Coordenadora do Programa que é composta por 5 membros (1 coordenador, 3 professores e 1 discente). O processo seletivo é composto de duas fases eliminatórias em que serão aprovados candidatos que possuam perfil curricular adequado e proposta de projeto de pesquisa coerente com uma das linhas de pesquisa do Programa.
Para a classificação, os pontos obtidos na 1ª fase (prova escrita e análise do projeto de pesquisa), de acordo com a pontuação, serão somados aos pontos obtidos na 2ª fase (entrevista) e 3ª fase (análise do currículo). Serão selecionados os candidatos que obtiverem as maiores médias.


10- BOLSA DE ESTUDOS:

O Programa possui uma Comissão para distribuição de bolsas e acompanhamento dos bolsistas, composta pelo Coordenador do Programa, 1 docente do Corpo de Orientadores e 1 representante discente. A Comissão de Bolsas, de acordo com a disponibilidade, concederá bolsa de estudo ao estudante mediante critérios definidos pelo Programa. Porém, o Programa não se compromete a conceder bolsa a todos os estudantes selecionados. A bolsa pertence ao Programa e não ao estudante e terá duração inicial de 12 (doze) meses, seguida de renovação, se justificada. O estudante terá sua bolsa automaticamente cancelada ao completar 24 meses de ingresso no Programa, independentemente do início do recebimento do benefício.
A concessão da bolsa implica tempo integral e dedicação exclusiva ao Programa e residência obrigatória em Viçosa, salvo durante a realização da pesquisa em outro local. É vetado ao bolsista o exercício de qualquer atividade não relacionada com o Programa, inclusive como professor substituto. Além disso, o estudante contemplado com bolsa não pode possuir vínculo com a Instituição onde realiza o Programa, seja ele docente, pesquisador ou técnico.
A bolsa poderá ser suspensa, ou cancelada, pela Comissão de Bolsa do Programa ou pela Agência Financiadora, por motivos acadêmicos, disciplinares ou financeiros, não cabendo qualquer direito de indenização ao bolsista.

11- DISPOSIÇÕES FINAIS:

- As vagas oferecidas não serão obrigatoriamente preenchidas.
- Não haverá revisão de nenhuma etapa do processo seletivo e nem dos resultados oficiais.
- Os candidatos não aprovados terão prazo de 60 dias, a partir da data de divulgação dos resultados finais, para retirada dos seus documentos na secretaria do Programa de Pós-Graduação.
- Ao se inscrever, o candidato aceita as condições e normas estabelecidas no edital.
- Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Coordenadora do Programa.



INFORMAÇÕES:
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica
Departamento de Economia Doméstica
Universidade Federal de Viçosa
Campus Universitário - s/n
36571-000 - Viçosa - MG
Tel: 31 3899-2432 - Fax: 31 3899-2488
E-mail: edo@ufv.br


Fonte: Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica (PPGED)-UFV

domingo, 18 de julho de 2010

Re-educação para sustentabilidade. Uma coisa aborrecid a ou oportuna

Por Vânia Velloso (*)

Estou para começar aqui um texto para a revista por convite de Sônia
- há tanto tempo-, e me pego divagando no trajeto metro-ônibus :
Ipanema para Cosme Velho. Observo a mim mesma e as pessoas em seus
fluxos cotidianos. E pondero. Quantas dali, realmente, têm algum
momento de reflexão intenso e oportuno sobre a sua (re)educação para
a sustentabilidade da vida, da casa onde moram ou do bairro?
Momentos de pensar sobre o que podem individualmente fazer para
mudar jeitos e costumes para aprimorar nosso lugar interno, nossas
casas, ruas e cidades e, obviamente, o mundo. Mudar o mundo é tão
vago e distante que estes anônimos-passageiros - educados ou não
formalmente e na vida - que ali sentam ao meu lado, não conseguem
tempo para desejar esta mudança. Para que mudar?

Eu que me sinto comprometida com os processos de educar para
mudança, me percebo em períodos cansada de tentar mudar e se
realmente mudei e permaneci modificada para melhor - com olhar e
modos legais e atitude adequada para o ambiente. A vida mudou tão
rápido em termos tecnológicos e nos afastamos tanto da natureza em
si, que não sei se teremos tempo para avaliar como poderíamos mudar
sem prejudicar tanto o ambiente. Como a natureza é algo abstrato ou
distante no cotidiano das cidades, basta conversar sobre questões
ambientais que parece suficiente como uma ocupação real.

Vivemos esta contradição, já que esta mudança tecnológica implicou
em maior consumo. E consumo de coisas bem interessantes que
facilitam o dia a dia. Não existe a possibilidade fácil de abrir mão
daquilo que você se habituou a ter pra realizar melhor seu dia. Como
fazer para mudar? E para que mudar - vem novamente a questão?

Se eu tenho que correr tanto atrás de trabalho, ficar em filas de
banco, de supermercado, de postos de saúde, de matrículas de filhos
em escolas públicas, ou se sou alguém um pouco mais privilegiado....
Posso deixar estas questões chatas e pensar no filme que assistirei,
ou no almoço em algum restaurante, que me leve para longe destas
possíveis angústias. Melhor, não é mesmo? Para que ficar relembrando
os problemas ambientais para um eventual planeta difícil em um
futuro tão distante daquele prazer?

Eu tento me segurar para consumir menos, resistir a comprar uma
roupa nova, para reciclar todo tipo de comida que sobra na geladeira
e inventar bons novos pratos. Conseguir lavar com pouca água os
pratos de uma refeição, usar o mínimo de sabão e água em banhos e
demais tarefas. É tudo super cansativo: mudar um jeito que se tem e
ter que economizar quando a água está ali abundante, a energia está
ali em um toque. Não percebo que existe desperdício.

Vou cozinhar com a TV ou computador ligados lá na sala, e levo um
tempo para ir lá desligar!
Não desperdiçar pensamentos, tempo e práticas em situações que não
acrescentem ou com pessoas que são resistentes (ainda) significa
para mim - também - uma boa atitude para sustentabilidade... Eu
tenho investido em quem deseja pelo menos escutar para avaliar se
vale à pena mudar ou pensar sobre para que mudar. Tempo e dinheiro
custam caro e são escassos. Logo, o trabalho educacional para
sustentabilidade - nos tempos de hoje -, deve ser direcionado onde
este tempo e recurso possam ser potencializados. Minha atuação é:
não investir em empresas e organizações que só desejem eventos
ambientais de marketing e contratam programas de educação ambiental
para cumprir agenda! Eu sei que é difícil recusar trabalho, mas como
educador é preciso tentar trazer para a discussão com o contratante
uma meta de aprendizado que melhore a empresa, que ele perceba como
algo mais acrescenta na produtividade e no clima interno de
felicidade no trabalho.

Outro ponto interessante é que as pessoas no cotidiano estão bem mal
educadas. A polidez foi destruída mais rápido do que o destrato com
o ambiente. As pessoas não têm qualquer tolerância para o tempo do
outro. A educação básica na fala, na escuta, no cumprimento quando
entra ou quando saí de algum lugar está em processo de extermínio.
Mesmo pessoas bem formadas. O destrato entre pessoas dentro das
empresas é a maior reclamação que percebo nos encontros realizados.

Não existe possibilidade de um empregado engajar-se em um programa
educacional em um clima interno de intolerância.

As pessoas ficam desconfortáveis com este assunto. Acham mesmo uma
chatice! Nós, da área de sustentabilidade temos um discurso
cansativo - que lembra como estamos parados, que existe problema de
abastecimento de água, de salubridade, de fome, de poluição, de
aquecimento global. Ufa!!!

Vejo que ainda são poucas, pessoas que tem uma atitude individual de
mudança em prol da sustentabilidade, ou mesmo um ato de generosidade
com o outro.

Acredito que um ato eficaz de generosidade (seja intelectual, na
presença, no mundo social, financeira, na abertura da sua rede de
influência) é o primeiro movimento-cidadão para que, a partir daí,
possamos fazer algo no local onde habitamos e trabalhamos. Quando se
está disponível para o outro, temos que fazer um esforço de escuta
para saber o que ele deseja. E aí, abre-se o trinômio
pensamento-ação- novo pensamento que pode incluir aspectos iniciais
interessantes e inéditos de atitudes para sustentabilidade!

Resolvi isto quando verifiquei que uma ação voluntária oferece um
novo olhar sobre o trabalho e sobre o aprendizado para a vida. Se
não podemos ser generosos e polidos; com as pessoas que nos cercam,
com os que trabalham conosco, gente diferente todo dia em estágios
de vida ou de condições socioeconômicas variadas ou com alto ou
baixo acesso aos bens e serviços..., como poderemos ter tempo mental
e tempo para práxis na e para sustentabilidade? Esta generosidade
que eu escrevo aqui não é aquela de permanecer ofertando cesta
básica, roupas em orfanatos etc., isto tem limitada validade em
épocas de crise, de fome ou de emergências socioambientais, em
função de algum evento trágico ou de abandono total de comunidades
em áreas remotas e críticas, mas não aprimora nada o outro para se
conectar ao seu espaço de pertencimento.

Assim é como observo os processos de educação para sustentabilidade
que alguns profissionais têm como desafio. Um desafio em apresentar
ao mercado o algo mais inovador que mexa nesta zona de conforto de
cada um - que abra mesmo a caixa de Pandora-, e que possamos colocar
males, demônios, conflitos, riscos e interesses sobre a mesa do
aprendizado e nas discussões de oportunidades de mercado dentro de
organizações da sociedade civil e nas empresas. Tenho sido convidada
para participar de cursos, tanto como professora-aprendiz, ou como
aluna- em dúvida. Em ambos os casos, não perdi a habilidade para
indignar-me com aquelas palestras ou aulas de empresas com conteúdos
corporativos e professores que trazem o óbvio morno, sem a menor
consideração com o tempo e capacidade reflexiva das pessoas ali
presentes. Pessoas, que mesmo tímidas ou reservadas - nestes espaços
de evidência - podem ter esclarecimentos e percepções que mudam
raciocínio e melhoram práticas.

A educação para sustentabilidade - nestes cursos ou palestras de
aperfeiçoamento -, deve privilegiar a qualidade da conversa com
conteúdos inusitados que poderão trazer maior aflição. Este incômodo
no processo de aprendizado é fundamental e super oportuno na
educação inovadora para sustentabilidade. Aquele que deseja
apreender, ou que precisa se modificar para influenciar o outro,
deve ser surpreendido no espaço de troca de saberes.

Estes conteúdos, mesmo que se tenha um programa específico sobre um
tema socioambiental; abastecimento e falta de água, geração e uso de
resíduos etc, devem ser estimulados no inicio da conversa com o algo
mais que Merleau Ponty (1) bem definiu como originário do pintor
Cézanne (2). O algo mais da criação em contato com a natureza e com
o espaço e pessoas que você pode estar e compartilhar. O algo mais
em sustentabilidade é trazer à luz um olhar curioso no ambiente
habitado e modificado, através da abertura para a entrada do
conhecimento e conseqüente abertura para novas práticas neste
ambiente. Esta abertura tem que passar pela conexão com a arte, a
literatura, o cinema, a memória das civilizações, a história das
culturas, as teorias e linhas do pensamento na filosofia. São
recursos interessantes para fazer o aluno - participante ser um algo
mais dentro do curso. São os outros ambientes, além da natureza, que
denominamos ambientes do saber e da experiência que passamos a
experimentar e trazem o algo mais citado. Quando estes conhecidos e
esquecidos ambientes são integrados e fazem sentido para quem escuta
e dialoga nos cursos, abre-se um início de resposta do para que
perguntado anteriormente.

Abre-se o algo mais de compreensão desafetada de rejeições sobre o
nosso papel individual e coletivo nisto tudo! Pode ser um bom começo
para refletir sobre nosso jeito de ser no mundo para uma
sustentabilidade gradual e possível dentro de cada um!

Os novos mestres-corporativos (técnicos e especialistas) não usam
estes recursos - que fogem do escopo da linguagem das empresas e
normalmente parecem distantes dos processos específicos de produção.
Mas podem usar. Basta arriscar em uma nova linguagem e metodologia
de aproximação entre ensinamento e aprendizagem.

A produção do conhecimento para a sustentabilidade não deveria ficar
somente nos processos ou sistemas de gestão que viabilizam os
produtos das empresas. É necessário e oportuno conversar e trocar um
novo saber com os técnicos das empresas e de organizações civis com
a inclusão dos processos artísticos, literários, culturais e
filosóficos integrados aos valores de mercado e aos processos
inerentes e comuns nas empresas A tão escrita e apregoada governança
corporativa e gestão dos empregados para maior produtividade tem que
usar novas formas de linguagem para chegar junto ao público.

Deve-se aprofundar mais seriamente esta conversa que começou nos
últimos 5 anos nas empresas sobre reputação empresarial, imagem no
mercado e papel social da empresa, o lucro máximo ou lucro ótimo
dentro do viés da sustentabilidade. E isto tem sido feito de maneira
tímida ou superficial. Quando olhamos a fundo as práticas
empresariais para sustentabilidade ou os cursos em educação
socioambiental, verificamos que avançaram ainda bem pouco na direção
firme de mudança de atitudes de seus líderes e seguidores. A
liderança influencia os empregados e fornecedores. E nossa liderança
empresarial não tem tempo para as novas linguagens, não tem tempo
mental e físico para a arte, para o cinema, para leitura que não
seja técnica. Para usar os recursos da arte, da literatura e da
cultura é preciso desejar, olhar e entender o sentido destes
recursos disponíveis - mas com uma absorção nada papável como
processos de produção industrial, de produção de coisas. É possível
e eficaz conectar o mundo da arte com os processos de produção. Pois
a arte não existe sem a vontade, “criação” técnica e meta do
artista. É absolutamente idêntico ao processo de produção nas
empresas.

Para finalizar, segue uma sugestão inicial de como um líder ou
gestor deve contratar um programa de educação para sustentabilidade,
mesmo que tenha sido exigido como condicionante de licença
ambiental. Já que é obrigatório realizar, faça direito e aplique bem
os recursos financeiros e humanos disponíveis. A pensar e realizar:

1. Discuta com sua equipe o para que deste programa educacional para
sustentabilidade e em quanto tempo sua empresa ou organização deseja
chegar a um resultado de mudança;

2. Como liderança, defenda programas no mínimo com 3 ou 5 anos de
prazos no contrato com os prestadores de serviço. Não existe um
programa educacional para sustentabilidade bem feito dentro de
empresas, organizações ou nas comunidades com contratos de um ano;

3. Inclua no escopo dos serviços a serem contratados o treinamento
da sua equipe com o item numero um do escopo do programa. Treine
antes. Nivele os conceitos, linguagem e objetivos da sua equipe -
sem perder a criatividade de cada membro – como fator imprescindível
– de forma que contratado e público de interesse percebam coerência
no que a empresa ou organização deseja.

4. Comece os programas com a perspectiva de uma conversa que traga
uma iluminação nas mentes de sua equipe. Encante a sua equipe com
conceitos e experiências diferenciadas e com resultados aferidos.
Desta forma, esta equipe vai conduzir o trabalho com mais foco e
cuidado na relação junto aos prestadores de serviço de programas
educacionais para sustentabilidade;

5. Fique atento aos cronogramas, épocas do ano, números de eventos
que competem entre si em determinado período para não programar algo
que não possa ser executado dentro da empresa e nas comunidades. A
contratação dos serviços tem que ser realizada em função do
calendário das escolas, comunidades e da empresa;

6. Acrescente o algo mais no escopo que traga para sua empresa uma
discussão e uma experiência educacional continuada para a
sustentabilidade.

7. Faça do programa de 3 ou 5 anos um processo permanente de
educação e mudança de atitudes para os outros líderes, para
empregados, fornecedores e os públicos externos de interesse.

8. Concentre mais energia e recursos financeiros no programa
interno, principalmente com as lideranças e depois os demais
empregados, pois isto é parte fundamental do sistema de gestão
ambiental e obrigação natural da empresa, e tente alguma
contrapartida ou parceria junto aos órgãos públicos, ONGs e público
envolvido ao assumir os programas externos A contrapartida pode ser
um apoio político real ao programa ou recursos de suporte como:
transporte, locais para os encontros e cursos, liberação das equipes
que precisam ser treinadas e reeducadas para sustentabilidade etc.

(*) Vania Velloso (vaniavelloso@terra.com.br) é arquieta,
especialização em filosofia e gestão ambiental, artista e
cozinheira.

Como operar a transição do velho para o novo paradigma

Leonardo Boff - Teólogo
Damos por já realizada a demolição crítica do sistema de consumo e
de produção capitalista com a cultura materialista que o acompanha.
Ou o superamos historicamente, ou porá em grande risco a espécie
humana.

A solução para a crise não pode vir do próprio sistema que a
provocou. Como dizia Einstein: "o pensamento que criou o problema
não pode ser o mesmo que o solucionará". Somos obrigados a pensar
diferente se quisermos ter futuro para nós e para a biosfera. Por
mais que se agravem as crises, como na zona do Euro, a voracidade
especulativa não arrefece.

O dramático de nossa situação reside no fato de que não possuímos
nenhuma alternativa suficientemente vigorosa e elaborada que venha
substituir o atual sistema. Nem por isso devemos desistir do sonho
de um outro mundo possível e necessário. A sensação que vivenciamos
foi bem expressa pelo pensador italiano Antônio Gramsci: "o velho
resiste em morrer e o novo não consegue nascer”.

Mas por todas as partes no mundo há uma vasta semeadura de
alternativas, de estilos novos de convivência, de formas diferentes
de produção e de consumo. Projetam-se sonhos de outro tipo de
geosociedade, mobilizando muitos grupos e movimentos, com a
esperança de que algo de novo poderá eclodir no bojo do velho
sistema em erosão. Esse movimento mundial ganha visibilidade nos
Fórums Sociais Mundiais e recentemente na Cúpula dos Povos pelos
Direitos da Mãe Terra, realizada em abril de 2010 em Conchabamba, na
Bolivia.

A história não é linear. Ela se faz por rupturas provocadas pela
acumulação de energias, de idéias e de projetos que num dado momento
introduzem uma ruptura e então o novo irrompe com vigor a ponto de
ganhar a hegemonia sobre todas as outras forças. Instaura-se então
outro tempo e começa nova história.

Enquanto isso não ocorrer, temos que ser realistas. Por um lado,
devemos buscar alternativas para não ficarmos reféns do velho
sistema e, por outro, somos obrigados a estar dentro dele, continuar
a produzir, não obstante as contradições, para atender às demandas
humanas. Caso contrário, não evitaríamos um colapso coletivo com
efeitos dramáticos.

Devemos, portanto, andar sobre as duas pernas: uma no chão do velho
sistema e a outra no novo chão, dando ênfase a este último. O grande
desafio é como processar a transição entre um sistema consumista que
estressa a natureza e sacrifica as pessoas e um sistema de
sustentação de toda vida em harmonia com a Mãe Terra, com respeito
aos limites de cada ecossistema e com uma distribuição equitativa
dos bens naturais e industriais que tivermos produzido. Trocando
idéias em Cochabamba com o conhecido sociólogo belga François
Houtart, um dos bons observadores das atuais transformações,
convergimos nestes pontos para a transição do velho para o novo.

Nossos paises do Sul devem, em primeiro lugar, lutar, ainda dentro
do sistema vigente, por normas ecológicas e regulamentações que
preservem o mais possível os bens e os serviços naturais, ou tratem
sua utilização de forma socialmente responsável.

Em segundo lugar, é preciso que os paises do grande Sul,
especialmente o Brasil,  não sejam reduzidos a meros exportadores de
matérias primas, mas que incorporem tecnologias que dêem valor
agregado a seus produtos, criem inovações tecnológicas e orientem a
economia para o mercado interno.

Em terceiro lugar, é necessário exigir que os paises importadores
poluam o menos possível e contribuam financeiramente para a
preservação e regeneração ecológica dos bens naturais que importam.

Em quarto lugar, deve-se cobrar uma legislação ambiental
internacional mais rigorosa para aqueles países que menos respeitam
os preceitos de uma produção ecologicamente sustentável, socialmente
justa, que relaxam na adaptação e na mitigação dos efeitos do
aquecimento global e que introduzem medidas protecionistas em suas
economias.

O mais importante de tudo, no entanto, é formar uma coalizão de
forças a partir de governos, instituições, igrejas, centros de
pesquisa e pensamento, movimentos sociais, ONGs e todo tipo de
pessoas, ao redor de valores e princípios coletivamente partilhados,
bem expressos na Carta da Terra, na Declaração dos Direitos da Mãe
Terra ou na Declaração Universal do Bem Comum da Terra e da
Humanidade (texto básico do incipiente projeto de reinvenção da ONU)
e no Bem Viver das culturas originárias das Américas.

Destes valores e princípios se espera a criação de instituições
globais e, quem sabe, que se organize uma governança planetária que
tenha como propósito preservar a integridade e vitalidade da Mãe
Terra, garantir as condições do sistema-vida, erradicar a fome, as
doenças letais e forjar as condições para uma paz duradoura entre os
povos e com a Mãe Terra.

Uma em cada quatro mulheres brasileiras sofre de violência doméstica

As mulheres vítimas de violência doméstica na América Latina se submetem aos maus-tratos porque não dispõem de condições financeiras para sobreviver sem a ajuda dos companheiros, maridos e namorados. No Brasil, 24% das entrevistadas afirmaram que, apesar das agressões que sofrem, não se separam porque não têm como se sustentar. Uma em cada quatro brasileiras sofre com a violência doméstica. A cada 15 segundos, uma mulher é atacada no Brasil.
A conclusão é do estudo intitulado Um Lugar no Mundo, desenvolvido pela organização não governamental (ONG) Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos (Cohre), com sede em Genebra, na Suíça. O trabalho divulgado na sexta-feira, 16 de julho, mostra que os índices de violência doméstica são elevados na América Latina. A pesquisa informa que de 30% a 60% das mulheres da região já sofreram agressões.
O relatório analisa a questão da violência contra a mulher no Brasil, na Argentina e na Colômbia. Nesses países, o estudo informa que a “falta de acesso a uma moradia adequada, incluindo refúgios para mulheres que sofrem maus-tratos, impede que as vítimas possam escapar de seus agressores". Segundo o documento, “a dependência econômica aparece como a primeira causa mencionada pelas mulheres dos três países como o principal obstáculo para romper uma relação violenta”.
Em casa
No Brasil, 70% das vítimas de violência foram agredidas dentro de casa e, em 40% dos casos, houve lesões graves. Das mulheres assassinadas no país, 70% sofreram agressões domésticas. A ONG informa ainda que esses problemas afetam, principalmente, as mulheres pobres que vivem em comunidades carentes.
A maior parte das vítimas não exerce atividades profissionais fora de casa. No Brasil, 27% das entrevistadas responderam que se dedicam ao lar. Na Argentina e na Colômbia, 25% das mulheres se declararam como donas de casa. Algumas delas afirmaram que não têm outras atividades profissionais por desejo dos maridos, companheiros e namorados.
O relatório, de 50 páginas, não especifica a quantidade de mulheres entrevistadas, mas informa ter conversado com dezenas de mulheres vítimas de violência doméstica nas cidades de Porto Alegre (Brasil), Buenos Aires (Argentina) e Bogotá (Colômbia).
“O direito à moradia adequada ultrapassa o direito de ter um teto sobre sua cabeça. É o direito de viver em segurança, em paz e com dignidade. É obrigação do governo assegurar esse direito às vítimas de violência doméstica", defendeu a responsável pelo setor de Peritos sobre as Mulheres da ONG Cohre, Mayra Gomez. “Por muito tempo, a relação entre violência doméstica e direito à habitação tem sido negligenciada pelos políticos. É tempo de os governos da América Latina corrigirem este erro.”

Fonte: Ecodesenvolvimento

Curso Técnico em Alimentos a distância seleciona tutores

Entre os dias 19 e 21 de julho de 2010, estarão abertas inscrições para seleção de tutores a distância do Colégio Agrícola Dom Agostinhos Ikas (Codai), órgão vinculado à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Os selecionados atuarão no curso técnico em alimentos (Módulo III) e receberão bolsas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Informações complementares podem ser adquiridas por meio do site: http://www.codai.ufrpe.br/ead/ta.
Mais informações: (81) 3525.9241.

Fonte: UFRPE

Administração/Cariri oferece Especialização em Gestão Social

O Laboratório Interdisciplinar de Estudos em Gestão Social (LIEGS), do Curso de Administração do Campus da UFC no Cariri, inscreve, até 31 de julho, para o curso de Especialização em Gestão Social do Desenvolvimento.

Trata-se do primeiro curso de pós-graduação daquela unidade acadêmica. Será realizado em parceria com o Banco do Nordeste (BNB) e o Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social da Universidade Federal da Bahia (CIAGS/UFBA).

O público-alvo do curso são profissionais de nível superior de qualquer área, de quaisquer modalidades (presencial, a distância, bacharelados, licenciaturas ou tecnológicos). O pré-requisito é apenas possuir o diploma de graduação e interesse em se aprofundar nos conceitos e técnicas da gestão social do desenvolvimento.

Serão ofertadas 44 vagas, sendo 10% delas destinadas a servidores docentes e técnico-administrativos da UFC. A carga-horária é de 432 horas/aula e o curso terá 20 meses de duração.

As atividades letivas acontecerão em tempo parcial, com aulas quinzenais às sextas-feiras (de 14h às 17h30min e de 18h30min às 22h) e sábados (de 8h30min às 12h e de 14h às 17h30min).

Os interessados devem dirigir-se à sede do LIEGS no Campus do Cariri (Av. Tenente Raimundo Rocha, s/n – Cidade Universitária – Bloco I, Piso superior – Sala 10) para fazer a inscrição, no horário de 8h às 12h e de 14h às 18h. A taxa a ser paga é de R$ 30,00. O início das aulas está previsto para dia 2 de setembro.

O edital completo e os documentos exigidos estão disponíveis aqui.

Fonte:
Prof. Jeovah Torres, Coordenador do Curso de Administração do Campus da UFC no Cariri - (fone: 88 3572 7239 / 3572 7200)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça

Curso gratuito será ministrado em 18 universidades federais das cinco regiões do País e atenderá pessoas de nível médio e superior. Inscrições já estão abertas na universidade do Pará
 
 

Brasília (Brasil) - Formar 6.700 gestores e gestoras para a condução das políticas públicas de gênero e raça. Esse é um dos objetivos do curso gratuito de formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça que será desenvolvido por 18 universidades federais das cinco regiões do País (lista completa abaixo), para pessoas de nível médio e superior. A iniciativa é resultado da parceria entre Ministério da Educação, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher - UNIFEM Brasil e Cone Sul, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA e Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – CLAM/UERJ.
 
O público-alvo é formado por servidoras e servidores dos três níveis da administração pública, integrantes dos Conselhos de Direitos da Mulher, dos Fóruns Intergovernamentais de Promoção da Igualdade Racial, dos Conselhos de Educação, gestores e gestoras das áreas de educação, saúde, trabalho, segurança e planejamento e dirigentes de organismos não governamentais ligados à temática de gênero e da igualdade etnicorracial.
 
O curso utiliza a plataforma da Universidade Aberta do Brasil, composto por um sistema integrado de universidades públicas através da metodologia da educação a distância com uso de ferramentas de aprendizagem e conteúdo ministrados pela internet. Estão programados de dois a três encontros presenciais.
 
A formação em gestão de políticas de gênero e raça é uma oportunidade para instrumentalizar gestores, interessados a ingressar na carreira de administração pública ou lideranças de ONGs para intervenção no processo de concepção, elaboração, implementação, monitoramento e avaliação dos programas e ações de forma a assegurar a transversalidade e a intersetorialidade de gênero e raça nas políticas públicas.
 
Formas de participação e conteúdo
São duas as modalidades de participação: Aperfeiçoamento, com carga horária total de 300 horas, para profissionais de nível médio; e de Especialização, com carga total de 380 horas, para profissionais de nível superior. Para a modalidade Especialização, ao final do curso, deverá ser apresentado um trabalho de conclusão de curso (TCC).
 
Os conteúdos estão divididos em seis módulos: Políticas Públicas e Promoção da Igualdade, Políticas Públicas e Gênero, Políticas Públicas e Raça, Estado e Sociedade e Gestão Pública. A coordenação e a definição de conteúdos são compartilhadas por pesquisadores e pesquisadoras de gênero e raça, entre os quais estão ativistas de mulheres, feministas e movimentos negro e de mulheres negras. Clique aqui para ver o programa completo do curso
 
Inscrições abertas no Pará
As universidades federais de Minas Gerais e do Pará são as duas primeiras instituições a abrirem as inscrições. Na UFMG, foram disponibilizadas 500 vagas e o período de inscrições já se encerrou. A Universidade Federal do Pará recebe, até o dia 31 de maio, inscrições para as 300 vagas disponibilizadas para o curso. Conforme a coordenadora do curso na UFPA, Mônica Conrado, já foram preenchidas 200 vagas. Informações sobre dados e formulários de inscrição devem ser solicitados para a professora Mônica Conrado pelo e-mail mpconrado@uol.com.br
 
Segundo as instituições organizadoras do curso, a expectativa é que durante o mês de junho as demais 16 universidades anunciem a abertura das inscrições. As universidades ofertam de 120 a 700 vagas, a depender do tamanho da turma definida pela coordenação do curso.
 
Confira:
 
 
 
 Fonte: UNIFEM

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD): Recrutamento e Seleção

Título: Consultor em educação financeira
Local: Brasília
Enviar curriculo até: 18/07/2010
Saiba mais

Economia Doméstica na Mídia: Globo Repórter do dia 16 de Julho 2010

 GLOBO REPÓRTER: Orçamento doméstico

O Globo Repórter da próxima sexta-feira irá destacar a importância dos brasileiros planejarem suas finanças pessoais e organizar um eficiente orçamento doméstico, este será o tema do programa, no qual, traz a opinião de especialistas na área, e dentre os profissionais que se destacam nessa área está o Economista Doméstico. O profissional que lida com manejo de recursos financeiros tem a aptidão para tratar desse tema. A professora e Coordenandora do curso de Economia Doméstica do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa, Ana Lídia C. Galvão e algumas discentes do curso, estarão dando as dicas e orientando as pessoas a planejar seu orçamento doméstico. Vale a pena conferir e divulgar!

Fonte: Guélmer Jr. Almeida de Faria
              Economista Doméstico

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Por uma economia baseada no conhecimento da natureza.

A economia baseada no conhecimento da natureza é, segundo a geógrafa
Bertha Becker, uma economia que utiliza a natureza sem destruir
todas as suas potencialidades e diversificação. Em entrevista à IHU
On-Line, ela apresentou essa ideia de se pensar uma economia que se
baseia em compreender a lógica da natureza trazendo este exemplo
para a realidade brasileira. Para a professora, o primeiro critério
para se efetivar essa economia a partir do conhecimento da natureza
é usá-la destruindo o mínimo possível.

O problema está, segundo ela, justamente em não entender o que e
quanto se pode destruir. “Ao mesmo tempo em que estamos crescendo,
nós estamos destruindo células e gerando outras. O problema é que
estamos destruindo as florestas do Brasil, a Amazônia, por exemplo,
para fazer pastagem ou para queimá-las e fazer carvão. Isso sim é
uma tragédia”, apontou.

Bertha Becker é geógrafa e historiadora pela Universidade do Brasil
(hoje, Universidade Federal do Rio de Janeiro). É especialista em
Theories of Urbanization & Urban Systems Analysis e doutora em
Geografia pela UFRJ. Realizou o pós-doutorado no Departament Of
Urban Studies And Planning (EUA). É pesquisadora da Agência Nacional
de Águas e professora aposentada da UFRJ.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que é uma economia baseada no conhecimento da
natureza? E quando que começou a se pensar nesse tipo de economia?

Bertha Becker – É uma economia que utiliza a natureza sem destruir
todas suas potencialidades e diversificação. Os índios e os povos
que habitam florestas já pensam nisso há muito tempo. Eles têm um
conhecimento sobre a natureza baseado na própria cultura e vida. Não
é só mais um conhecimento tradicional, já é um conhecimento que vira
uma ciência, com estratégias, práticas e tecnologias próprias. Já se
tinha um conhecimento baseado nas culturas dos povos de acordo com
seus diferentes lugares de vida, e agora é que se entende que a
natureza é tão poderosa, ela tem tantas potencialidades que é
possível você desenvolver uma economia baseada nestes conhecimentos,
com consciência, tecnologia e práticas adequadas.

IHU On-Line – Quais são os critérios para se medir essa economia?

Bertha Becker – O critério básico é justamente você usar sem
destruir. Ou destruir o mínimo. Ao mesmo tempo em que estamos
crescendo, nós estamos destruindo células e gerando outras. O
problema é que estamos acabando com as florestas do Brasil, a
Amazônia, para fazer pastagem ou para queimá-las e fazer carvão.
Isso sim é uma tragédia. A floresta tem uma potencialidade muito
grande em função de seus ecossistemas, incluindo aí a água, a fauna
a flora.

Esse conhecimento pode gerar uma nova forma de desenvolvimento que,
no caso do Brasil, é fundamental porque nós temos um território
imenso, extremamente diversificado e que, até agora, com pequenas
exceções, tem sido utilizado para exportação de produtos sem
agregação de valor. E isso acontece desde o período colonial.

IHU On-Line – Quais são as potencialidades do Brasil na área da
economia do conhecimento sobre a natureza?

Bertha Becker – Diversidade da natureza, Amazônia com ecossistemas
florestais, o próprio Nordeste, hoje, está desenvolvendo uma série
de pesquisas sobre frutos, sobre a natureza semiárida do Nordeste e
por aí afora. E tem os minerais também, a natureza também envolve os
minérios, não só fauna e flora, que são riquíssimas no Brasil. Você
tem uma grande diversidade nas diferentes regiões do Brasil, que têm
frutos, flores, espécies variadas de clima equatorial, de clima mais
semiárido, o cerrado, a Mata Atlântica, já muito destruída, mas
ainda tem potencial, e depois, mais para o Sul, a vegetação já
subtropical e com variedade de recursos minerais também grandes.

Tem outra questão que precisa ser levada em conta na economia de
conhecimento da natureza que é a questão do mar e dos oceanos que
hoje são um dos grandes eldorados do mundo contemporâneo porque
detém espécies conhecidas e não conhecidas de fauna, de flora e de
minérios, há muitos recursos minerais que ainda estão sendo
descobertos. Justamente eldorado no sentido de recursos da natureza.
E nós temos Antártida, que você sabe que já está partilhada pelas
potências, mas nós temos a Amazônia verde, e agora lançaram essa
expressão Amazônia azul, que é justamente toda a parte costeira e de
fundo de mar em que há uma potencialidade enorme ainda muito pouco
conhecida. Precisamos conhecer logo essa natureza, em outras áreas
do mundo, a pesquisa é feita mais rapidamente.

IHU On-Line – O conceito de desenvolvimento sustentável ainda é
válido ou há uma crescente incompatibilidade entre desenvolvimento e
sustentabilidade?

Bertha Becker – Não há incompatibilidade de forma alguma. É
perfeitamente possível você desenvolver sem destruir a natureza para
nada. Nós precisamos saber, dentro da questão do desenvolvimento
sustentável, discernir o que é consciência ecológica e utopia
ecológica. Algumas utopias são muito importantes, pois levam o homem
para frente, mas outras não. Já a ideologia ecológica é muito
perigosa, porque ela tem, muitas vezes, acobertado interesses
geopolíticos perversos em relação às nossas riquezas naturais.

O que significa o desenvolvimento sustentável? Ele está sendo
retomado rigorosamente. É um projeto que tem que seguir caminhos
diferenciados de acordo com as construções históricas das diferentes
nações e grupos sociais. Não existe um caminho único para o
desenvolvimento sustentável, ele deve abranger múltiplas dimensões
econômicas, sociais, políticas, ambientais e, basicamente, ele não
tem um modelo único a ser seguido, tem que ser fundamentado nas
condições geográficas, históricas, nas situações diferenciadas dos
países e das regiões.

IHU On-Line – O Plano Amazônia Sustentável (PAS) e o Programa de
Aceleramento Econômico (PAC) na região Amazônica são compatíveis?

Bertha Becker – Nós temos realmente um problema sério. Não podemos
dizer que o PAC não vai trazer nenhum impacto na Amazônia, ele vai
trazer sim. Mas é exagero tanta hidrelétrica na Amazônia. Serão mais
cinco hidrelétricas, por exemplo, planejadas em Tapajós que vão
impactar nas terras indígenas e unidades de conservação.

Por outro lado, eu também não sou a favor daqueles que gritam que
não pode ter hidrelétrica alguma, porque o país precisa se
desenvolver e precisa de energia, e uma ou outra hidrelétrica terá
que ser construída porque a Amazônia tem um enorme potencial. A
grande questão é que estas hidrelétricas têm sido construídas
basicamente para abastecer grandes empresas, para supri-las com
energia barata.

IHU On-Line – Quem são hoje os maiores inimigos da Amazônia?

Bertha Becker – Os maiores inimigos são aqueles que destroem a
floresta para não fazer nada, são aqueles que não querem que se
toque na Amazônia, o extremo oposto não pode. Nós temos que usar os
recursos em benefício das populações que lá vivem e do país, isso é
fato. São também inimigos aqueles que não colaboram com a discussão
e a busca de soluções. Muita gente tem que sair da posição cômoda de
não debater e partir para tomar uma posição política. Nós temos que
descobrir, conhecer a natureza, daí vem a ideia do conhecimento da
natureza, pois precisamos desenvolver práticas adequadas e usar sem
destruir, este é nosso desafio. Não é nem destruir e nem não fazer
nada.


Fonte: IHU - Instituto Humanitas Unisinos

A ECONOMIA AZUL

Por Günter Pauli*

O mundo precisa de um novo modelo econômico. Quem pode duvidar disto quando se dilui o debate sobre a mudança climática, embora as temperaturas da Terra continuem subindo, e sejam alarmantes tanto o desemprego quanto a pobreza?

A economia planejada nunca foi capaz de distribuir recursos de maneira eficiente. A economia de mercado evoluiu para um sistema que perseguia a expansão mediante economias de escala e aumento constante da produtividade, o que desencadeou uma onda de fusões e
aquisições, financiada com crescente endividamento. Quando a dívida ficou insustentável, os feiticeiros das finanças inventaram sofisticados instrumentos que criaram ativos baseados no nada. Então, esse esquema desmoronou.

Os promotores da economia verde questionam o crescimento e afirmam que deve ir além do dinheiro para erradicar a fome e a pobreza, ou seja, que se deve conseguir a educação primária universal, promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres. Contudo, apesar de todas suas boas intenções, a economia verde não conseguiu decolar. Ela exige que os governos subsidiem, que as empresas aceitem lucros menores e que os consumidores paguem mais.

Isto é viável com crescimento e elevado nível de ocupação, mas é difícil quando os governos estão em bancarrota, a demanda e a confiança dos consumidores caem, e aos mais jovens se diz que não há trabalho, enquanto um bilhão de pessoas vivem na pobreza. Chega, então, a hora de adotar inovações que vão além de nosso romance com a natureza e de nosso pessimismo sobre a indústria.

Trata-se de um redesenho pragmático, inspirado nos ecossistemas. Chega também a hora de enfrentar as urgentes necessidades de água, alimentos e saúde com estratégias de longo fôlego para construir capital social. E chega a hora de descobrir soluções que não gerem consequências indesejadas, como a carestia dos alimentos devido ao uso de cereais para produzir biocombustíveis, ou o emprego do óleo de palma para produção de sabonetes biodegradáveis, destruindo enormes extensões de selva tropical.

Em nosso impulso de abraçar a sustentabilidade, toleramos “danos colaterais”, como quando combatemos o terrorismo. Os ecossistemas proporcionam inspiração para criar um novo modelo que transcenda o que até agora conhecemos. Isto é o que chamo economia azul em meu livro “The Blue Economy”. Os ecossistemas fornecem nutrientes e energia em cascata, como demonstrou o assombroso trabalho do engenheiro sanitarista George Chan, de Mauricio, tomando o melhor da permacultura (agricultura permanente) e levando-o a uma nova ordem de eficiência.

Nos modelos de Chan, postos em prática na Colômbia, Namíbia e Fiji, vemos que a biomassa já usada se converte em meio para o crescimento de fungos, de modo que esse substrato aparentemente esgotado se transforma em rica proteína para alimentação do gado. Por sua vez, as bactérias inoculadas no esterco do próprio gado geram biogás em um digestor, enquanto o líquido lodoso resultante dessa operação é um nutriente para as algas que promovem a criação do plâncton que se converte em alimento para os peixes e enriquece a água de irrigação.

No Brasil, o biólogo Jorge Alberto Vieira Costa reutiliza o dióxido de carbono residual de uma usina elétrica movida a carvão para alimentar a alga espirulina, que por sua vez produz alimento rico em proteínas e é usada para fabricar biocombustíveis. O ecossistema opera com o que tem à sua disposição e depende antes de tudo das leis da física. Os fenômenos físicos são previsíveis e não têm exceções: o ar quente se eleva, a água fria cai. Seguir estes princípios permite reduzir ou eliminar resíduos metálicos, substâncias químicas processadas e energia não renovável.

Os mecanismos desenvolvidos pelas zebras e pelos cumpins mostram mais domínio do ar e da umidade do que qualquer de nossas soluções mecânicas ou eletrônicas. Vemos isto no projeto do arquiteto Anderes Nyquist, desenvolvido na escola Laggarberg, da Suécia, no hospital de campanha do grupo Gaviotas em Vichada, Colômbia, e no Eastgate Center de Harare, no Zimbábue, onde o ar é contínua e naturalmente refrescado sem necessidade de bombas ou refrigeradores.

A mesma lógica é aplicada para gerar eletricidade. Cada ecossistema gera correntes elétricas pelas diferenças de pressão, de pH (potencial de hidrogênio) e de temperatura. Essas microcorrentes são suficientes para substituir milhares de milhões de baterias contaminantes.

Esta ideia foi aprovada no Instituto Fraunhofer da Alemanha, onde foi criado um protótipo de telefone celular que gera eletricidade a partir da diferença de temperatura entre o aparelho e o corpo do usuário e que converte a pressão da voz em piezoeletricidade, propriedade de certos cristais de se polarizarem eletricamente quando submetidos à pressão, fornecendo energia para transmitir a própria voz enquanto falamos.

A economia azul deseja expor, não impor, as enormes possibilidades da ciência para que possa emergir, quanto antes melhor, um novo e competitivo modelo econômico.

* Gunter Pauli é fundador do Zero Emissions Research and Initiatives, professor, empresário e autor de livros de não ficção e fábulas infantis. Direitos exclusivos IPS.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.

(Fonte:
Envolverde/Terramérica)/ enviado por walterjb@viçosa.ufv.br

Especialização em Gestão de Pessoas e Projetos Sociais-UNIFEI

O Núcleo de Educação a Distância da Universidade Federal de Itajubá,
informa que estão abertas as inscrições para o Curso de Especialização -
Lato Sensu
- Especialização em Gestão de Pessoas e Projetos Sociais do Projeto da UAB (Universidade Aberta do Brasil).
O curso será ministrado a distância, via internet, nos pólos da UAB situados em: Boa Esperança (MG), Embu (SP), Itabira (MG) e Santa Rita de Caldas (MG).
Período de inscrição: 22/06/2010 a 02/07/2010 (até as 17h00)
Taxa de inscrição: R$ 30,00
Vagas: 200 (50 por pólo)

INFORMAÇÕES

- Coordenação do Curso
Profa. Dra. Rita de Cássia M. T. Stano
e-mail: seletivo.gestao@ unifei.edu. br
Tel.: (35) 3629 1212 

Fonte: ANA LIDIA COUTINHO GALVAO/ Coordenadora do curso de Economia Doméstica UFV

Economia & Politica: ONU receia que América Latina demore a recuperar indicadores sociais

Os países latino-americanos podem demorar muito para recuperar os indicadores sociais de antes da crise econômica mundial de 2008, afirmou nesta quinta-feira, 1º de julho, o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para a América Latina e o Caribe, José Graziano da Silva. Ele ressaltou que existe uma relação profunda entre a economia e a fome.

“Os países não têm uma institucionalidade para enfrentar o tema de segurança alimentar. Não têm leis nem instituições, mas também não têm um sistema tributário de arrecadação que permita ter políticas sociais como o Bolsa Família, Fome Zero”, destacou o representante da FAO à Agência Brasil durante o lançamento da campanha 1billionhungry (1 bilhão com fome, na tradução literal), na abertura da 17ª reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Segundo ele, um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) apresentado nesta quinta-feira em Nova York aponta que a América Latina levou 24 anos para recuperar os indicadores sociais perdidos durante os anos 1980, quando houve um aumento significativo da dívida externa de grande parte dos países da região.
“Só no início dos anos 2000 esses países conseguiram atingir a renda per capita e outros indicadores sociais da década de 1980. Não podemos esperar 24 anos para poder recuperar esses indicadores, alertou Graziano.

O objetivo da campanha 1billionhungry é chamar a atenção dos governos e da sociedade para o problema da fome. Um site foi criado para que as pessoas conheçam a campanha e preencham o abaixo-assinado para cobrar dos governantes a adoção de políticas com foco na erradicação da fome.

Para a FAO, se o ritmo da redução do problema for mantido, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir pela metade, até 2015, o percentual de pessoas que passam fome não será alcançado.

De acordo com o representante do FAO, na área de segurança alimentar, o Brasil serve de exemplo para o restante da América Latina e também para o continente africano. “Estamos fazendo uma grande força para levar à África os principais programas do Brasil de combate à fome”, informou.

Fonte: Ecodesenvolvimento.com

DESPERDÍCIOS: Leve a sua própria vasilha para levar a sobra dos restaurantes

Sabe aquele restaurante que você frequenta e que sempre serve mais comida do que sua família consegue comer? Uma boa maneira de reduzir o lixo no planeta é levar sua própria vasilha para trazer as sobras da janta para casa.
A princípio, a prática pode parecer estranha, mas certamente ela ajudará a poupar toneladas de embalagens descartáveis que virariam lixo logo após chegar em casa, além de garantir que os alimentos serão transportados em vasilhas devidamente higienizadas.
Mas caso você não se sinta confortável em fazer isso em restaurantes, você pode tentar quando for à casa de parentes e amigos íntimos. Certamente eles não irão se incomodar.

FONTE: Ecodesenvolvimento.com

Estágio de vivência em comunidades rurais

O curso de Licenciatura em Ciências Agrícolas da Universidade Federal Rural de Pernambuco (L.A./UFRPE), mais o Centro Agroecológico Sabiá, a Diaconia, o Caatinga e o MST, abre seleção para 15 graduandos da universidade que desejem estagiar como voluntários no Projeto de Extensão Vivências e Extensão Rural para a soberania alimentar: uma proposta de formação de jovens agentes de ATER. Podem participar alunos das Ciências Agrárias (Agronomia, Zootecnia, Medicina Veterinária, Engenharia Florestal, Engenharia de Pesca e Engenharia Ambiental e Agrícola), Economia Doméstica, Pedagogia, Ciências Sociais e História. 
Inscrições na coordenação de L.A. até 02/07, ou pelo piuufrpe2009@gmail.com, anexando cópia do Curriculum Vitae e ficha de inscrição (disponível no site da UFRPE). Mais informações pelo 3320-6583 ou na coordenação do curso de L.A.
FONTE: FOLHA DE PERNAMBUCO > CIDADANIA> UFRPE