sexta-feira, 25 de julho de 2014

UNIMONTES SEDIA EM AGOSTO: IV CONGRESSO EM DESENVOLVIMENTO SOCIAL



Pensar “mobilidades” na contemporaneidade implica tentar compreender conceitos complexos. Todos os tipos de mobilidade são determinados por fatores diversos, não havendo apenas um elemento responsável por cada processo; portanto, para compreender as mobilidades é imprescindível dispor de uma análise conjuntural. No mundo globalizado, num momento em que as disparidades sociais se acentuam, desenvolvem-se diferentes formas de mobilidade, seja de indivíduos como de capitais, de informações e outras.

No caso da mobilidade de indivíduos, a análise pode corresponder à tentativa de captar a posição de uma pessoa dentro de uma estrutura social como, também, a trajetória social dela a partir de diferentes gerações. Ou, ainda, a mobilidade pode ser vista sob a perspectiva da migração (inter)nacional e como produto e produtora de um estágio de desenvolvimento. Pode-se considerar que o fato de a pessoa trasladar-se de um espaço social para outro pode ser movido pelos processos de reprodução e acumulação capitalista, por decisões individuais ou por medidas de governo, por exemplo. Na perspectiva de mobilidade dos indivíduos, ademais, não se pode deixar de focalizar a mobilidade intra-urbana, ou a imobilidade, como por exemplo, mediante o simples fato de conduzir um carro, de valer-se do transporte público ou de caminhar pela cidade.

Em se tratando da mobilidade de capitais, a partir de 1990 se identifica um crescimento do montante de capital movimentado para investimento entre diferentes países, quer sejam localizados a sul ou ao norte. Nesse contexto, é possível constatar defesas em torno da liberdade do movimento internacional consagrando-se, então, mercados mais abertos e competitivos. Contrariamente, diante da assimetria econômica existente entre países, identifica-se o argumento da necessidade de controle por parte dos governos nacionais, mediante taxação de impostos, por exemplo.
Em um cenário cada vez mais competitivo, os avanços tecnológicos têm permitido uma transmissão e circulação de informações em “tempo real”, aproximando os espaços sociais e constituindo-se em globalização do local e localização do global. Nesse sentido, configuram-se, virtual e concretamente, relações de “espaço-zero” e de “tempo-zero”. Ademais, a mobilidade de informações tem que ser analisada como resultado de uma geração e difusão tecnológica decorrente de um estágio do capitalismo que busca internacionalmente uma articulação produtiva global.
Em síntese, as mobilidades devem ser tratadas como fenômenos multifacetados, com diferenciadas dimensões nos níveis espacial, econômico, social, político e cultural. São fenômenos amplos e, por isso mesmo, possibilitam tanto análises focadas em movimentos específicos, como aquelas que tentam apreender o significado de processos de mudança social, que geram novas formas de organização social.
Partindo dessa visão, a realização deste evento constitui um momento impar, ao propiciar reflexões e debates que possibilitem correlacionar o desenvolvimento e as diferentes formas de mobilidade.
 Fonte: Portal UNIMONTES

PARCERIA ENTRE A UFV, INMETRO E ANVISA AVALIA QUALIDADE DE PRODUTO NO BRASIL



Técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estiveram em Viçosa, nesta quinta-feira (17), para acompanhar uma pesquisa que está sendo realizada pelo Laboratório Interfaces do Departamento de Economia Doméstica. A equipe liderada pela professora Amélia Carla Sobrinho Bifano (quarta na foto, da esq. para a dir.) está investigando como os diabéticos brasileiros utilizam o glicosímetro, um aparelho que mede os índices de glicose no sangue. Os resultados da pesquisa deverão orientar a fiscalização desse equipamento no Brasil.
O Laboratório Interfaces vem realizando pesquisas para o Inmetro há mais de dez anos. A equipe de pesquisadores já investigou como as pessoas usam fogões, máquinas de lavar roupas, celulares e até blisters de margarinas, manteigas e geleias usados em hotéis. A coordenadora da pesquisa explica que nem sempre os fabricantes conseguem se comunicar com os consumidores da maneira correta. Isso pode acontecer, por exemplo, em um painel de máquina de lavar ou de micro-ondas, na tela de um celular ou, até mesmo, em um manual de instruções. “Chamamos isso de usabilidade das interfaces. O aparelho pode ter muitas funções, mas elas precisam ser compreendidas pelo usuário, não apenas para otimizar o uso de todos os recursos que o aparelho oferece, mas, também, para a utilização segura e eficiente”. Amélia Carla explica ainda que usar um equipamento de forma incorreta pode causar acidentes e gerar uma má interpretação da eficiência do produto. É o que pode ocorrer com os medidores de glicose. As informações de uso precisam ser claras para todo tipo de usuário, independentemente do grau de escolaridade.

A professora explica também que o Inmetro está indo além das funções de conferir pesos e medidas, como é tradicionalmente conhecido. “Eles querem avaliar também a qualidade do uso e das informações disponíveis de cada produto para proteção do consumidor”. No caso da pesquisa com o glicosímetro, a parceria com o Departamento de Economia Doméstica envolve também a Anvisa e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O Laboratório Interfaces é pioneiro neste tipo de pesquisa. A metodologia para avaliação de utilização dos produtos também foi desenvolvida pela professora Amélia Carla e vem sendo aperfeiçoada pela sua equipe. O método de avaliação global de produtos inicia pela exploração das funcionalidades e do funcionamento do produto, passa pelo atendimento aos requisitos das normas nacionais e internacionais de usabilidade e oferecimentos de informações de uso ao consumidor, e, posteriormente, por meio de ensaios, testes de usabilidade das interfaces dos produtos com consumidores e produção de relatórios que podem ser avaliados pelas empresas para melhorar a comunicação entre produto e consumidor.

Se houver problemas mais sérios, instituições públicas como Inmetro e Anvisa, por exemplo, podem interferir punindo ou criando novas regulamentações. “A metodologia é inovadora e tem se mostrado muito eficiente. Acho que estamos contribuindo para os avanços na defesa do consumidor”, conclui Amélia Carla.
 
(Léa Medeiros – Fotos: Daniel Sotto Maior)

CAMPANHA PEDE FIM DE VIOLÊNCIAS DE GÊNERO E ENGAJAMENTO DA SOCIEDADE

Lançada nesta sexta-feira (25/7), a campanha: Todas as vozes contra as violências de gênero. A iniciativa pede o fim do machismo, do racismo, da homofobia, da lesbofobia e da transfobia na cidade e no campo. O ato acontece durante o Festival Latinidades, em Brasília. A ação é organizada por várias entidades e movimentos sociais brasileiros e tem por objetivo denunciar e fortalecer as lutas que combatem essas opressões.

Na opinião da secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Aparecida Gonçalves, ações como estas são importantes espaços de conscientização da população sobre as diversas formas de violências de gênero. “Para alertar sobre os tipos de agressões que as mulheres vivem pelo fato de serem mulheres ou por causa de sua sexualidade”, pontuou. “A campanha ainda divulga o Ligue 180, ferramenta de denúncias desse tipo de violência”, completou.

“É uma excelente iniciativa de organizações de movimentos sociais de negras, lésbicas, bissexuais e de mulheres campesinas que soma às ações de governo no enfrentamento à violência e à desigualdade de gênero. É fundamental combater o preconceito e a discriminação a que estão submetidas as mulheres, especialmente as mulheres negras” , declarou a coordenadora-geral de Diversidade da SPM, Lurdinha Rodrigues. “Esta é uma boa forma de celebrar o Dia da Mulher Negra Latino-americana e caribenha”, finalizou, referindo-se ao dia 25 de julho.

Segundo as organizações que promovem a campanha, ela irá gerar ações de comunicação, prevenção e disponibilizar informações sobre as diversas formas da violência de gênero no Brasil. O ambiente de ação serão as redes sociais, onde ocorrerão discussões em que há intersecção entre as desigualdades de raça/cor/etnia, território, identidade de gênero e orientação sexual, idade e classe social que afetam o acesso pleno aos direitos humanos.

Fonte: Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Governo Federal