quinta-feira, 28 de julho de 2011

ALIMENTAÇÃO DA FAMÍLIA BRASILEIRA

O Brasil nunca teve um salto tão grande no seu desenvolvimento quanto o que se vê nos dias de hoje, nossa economia vem respondendo bem a todas às diversidades da economia global. Os saltos de indicadores sócio-econômicos podem ser mensurados e vistos permeando todas as pesquisas da área de economia. Logo, a expressão renda X consumo se iguala a uma economia em que fica evidente o poder que o brasileiro vem alcançando como consumidor. 

Um dos pilares desta expressão ocorre na alimentação. O poder aquisitivo do brasileiro tem proporcionado o acesso a uma alimentação mais diversificada. No entanto, esta se mostra repleta de armadilhas. A indústria de alimentos nunca se valeu tanto de suas tecnologias para atrair nichos e consumidores tão vorazes como os de hoje. As facilidades tecnológicas da indústria de alimentos consegue chegar a todas as classes sociais. E nessa hora informação é ferramenta imprescindível para não cair nas armadilhas da atual alimentação brasileira. De acordo com a pesquisa do IBGE (2011) quanto maior a renda maior a chance de as pessoas se alimentarem fora de casa. 

A alimentação do brasileiro, é repleto de itens basicamente industrializados. Foi se o tempo, em que as donas de casa preparavam uma sopinha de legumes, hoje, elas recorrem ao macarrão instantâneo que vem com vários sabores e tempero, com ingredientes que muitas donas de casa não conhece que é o sódio, presente no velho e bom sal de cozinha e encontrado em quase todos os alimentos. Além do sódio, pode-se perceber também um aumento no consumo de gorduras e carboidratos. É importante destacar, que óleos, carboidratos e proteínas são elementos importantes para o desenvolvimento do ser humano, no entanto, devem ter seu consumo regulado e quantificado.

A pesquisa do IBGE vem mostrar o quanto o fator renda interfere na qualidade da alimentação humana, por isso, os programas de educação nutricional se fazem necessários em todas as classes sociais. Orientar para uma alimentação saudável e aquisição de alimentos seguro para a saúde do brasileiro. Muitas doenças, como a hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes são reflexos do que o brasileiro anda comendo. E para o governo é melhor prevenir do que tratar.

Deste modo, a vida moderna trouxe um ritmo acelerado ao brasileiro, as pessoas se alimentam daquilo que é mais rápido e prático, o que acarreta diminuição dos nutrientes e aumenta as calorias. E agregado a isto, a atividade física fica relegada a segundo plano. Por isso, adquirir uma educação alimentar é tarefa que parte de todos e com a ajuda de programas nutricionais. E retomar velhos hábitos de preparar seu próprio alimento. Um prato com carboidrato, leguminosa, protéico e verduras ou legumes (cozidos) e frutas como sobremesa, traduzindo: 
arroz+feijão+carne(branca)+salada+fruta = alimentação saudável.  

Fonte:
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2011.

Autor: Guélmer Faria

segunda-feira, 25 de julho de 2011

ECONOMIA DOMÉSTICA versus DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

A questão alimentar, hoje em dia, se configura num dos mais graves problemas do mundo. De acordo com Silva e Campos (2003) apesar do aumento na produção de alimentos, principalmente a partir da década de 70, grande parte da humanidade ainda vive em situação de insegurança alimentar.

Segundo estes autores o Brasil devido à sua extensão e diferença climática tem uma grande produção de alimentos, sendo uma das maiores do mundo em termos de volume. E o que se percebe, a questão alimentar não está dada na produção, mas, em grande parte pela distribuição de alimentos no mundo.

Nos grandes centros de abastecimentos como a CEASA, todos os dias o que se vê são volumes imensos de alimentos sendo jogados fora, configurando num desperdício. Alguns alimentos que passando por uma análise de padrão e identidade em sua qualidade, daria para alimentar famílias inteiras que sofrem com a carência de alguns alimentos.

O desperdício de alimentos é fruto de uma ação que estabelece para o consumo humano níveis compatíveis de utilização do alimento tendo como quesito as integridades físicas dos alimentos, tais como: podridão, murchamento, cor, aroma, etc. Estes fatores são fundamentais para a comercialização do produto. No entanto, as condições de armazenamento e o transporte prejudicam que boa parte da produção seja comercializada, e, desta forma, são descartados. 

Para o consumo destes alimentos são feitas coletas a partir de uma análise de suas integridades e destinados a ONG's, filantropia, instituições. O SESI possui um Banco de Alimentos que garante a distribuição e alimentação de populações em estado de carência. Garantindo boa alimentação e melhor distribuição dos recursos da entidade para outros fins.

Existem formas que podem minimizar o desperdício de alimentos, uma delas é o aporte da agroindústria de base familiar. Nela, toda a produção e comercialização da matéria-prima ganha destinação final e passa por um processo de industrialização garantindo renda e segurança alimentar para toda a família.

Mas é nos grandes centros que o desperdício de alimentos ganha maior expressão, em lares de todo o Brasil, a cada dia toneladas de alimentos se perdem. A falta de planejamento, organização e administração contribuem para este desperdício. O planejamento do cardápio é fundamental para elaborar lista de compras e determinar as quantidades. A organização está no armazenamento, sempre consumir os produtos que vão vencer primeiro, e seguir as formas de acondicionamento da embalagem. A administração se refere a comprar produtos que mesmo estando na promoção observar a data de vencimento, chegar cedo às feiras e mercados, comprar no dia do abastecimento.

Assim, a Economia Doméstica contribui para que as pessoas possam otimizar todos os seus recursos em detrimento de uma qualidade de vida, onde, o compromisso com a conscientização e a segurança alimentar ganham corpo em nossa sociedade. 

Referência:
SILVA, M. M. S.; CAMPOS, M. T. F. S. Segurança alimentar e nutricional na atenção básica em saúde. Viçosa: UFV, 2003. 182 p.


Autor: Guélmer Faria

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MEIO AMBIENTE E TRABALHO SOCIAL

A questão ambiental ganha dimensão cada vez maior em nossa sociedade. Entender os paradigmas que cercam essa nova visão do habitat pelos seus habitantes é condição sine quo no, para alavancar ações em prol de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável.

O meio-ambiente sempre esteve presente na vida dos indivíduos, e dele durante muito tempo se extraiu tudo que necessitava. Com o advento da industrialização e a onda desenvolvimentista, as nações passaram a exarcerbar seu uso. Desta forma, culminando no que hoje, é luta de todos- a "questão ambiental".

Porém, muitos dos povos que vivem aos arredores de áreas de preservação ambiental, passaram a ter que se enquadrar nos moldes de uma preservação, vindas de políticas de "cima para baixo", que não considera o elemento fundante deste processo- são os chamados povos da floresta, populações tradicionais, comunidades ribeirinhas, etc.

Ocasionando ações que trabalhem a dimensão social dentro da perspectiva ambiental. Estas se pautam na preservação ambiental, promoção e  conscientização da preservação, minimizar o impacto dessa população no ambiente, orientar quanto o impacto do consumo no meio ambiente, integrar a comunidade junto aos orgãos públicos para que busque políticas sociais a esta população, organização social, educação ambiental, educação sanitária, educação alimentar,  trabalhar com famílias removidas de áreas de risco, trabalhar a questão de gênero no meio ambiente (uma vez que é a mulher a grande responsável pela subsistência familiar- agroextrativismo), trabalhar a questão ambiental com catadores de material reciclável e  carroceiros. E sempre procurar incorporar o meio ambiente para melhorar a qualidade de vida.

Desta forma, a atuação do profissional da área de Ciências Sociais ganha corpo no trabalho social, atráves da ações humanitárias e democráticas para a promoção de aptidões e capacidades com vistas a promover bem-estar social.

Fonte: Guélmer Faria

segunda-feira, 4 de julho de 2011

RESOLUÇÃO Nº 17, DE 20 DE JUNHO DE 2011.

Ratificar a equipe de referência definida pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social – NOB-RH/SUAS e Reconhecer as categorias profissionais de nível superior para atender as especificidades dos serviços socioassistenciais e das funções essenciais de gestão do Sistema Único de Assistência Social – SUAS.

O CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CNAS, em reunião ordinária realizada nos dias 14 a 16 de junho de 2011, no uso das competências que lhe são conferidas pelo art. 18 da Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993, Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, CONSIDERANDO a Resolução CNAS n.º 145, de 15 de outubro de 2004, que aprova a Política Nacional de Assistência Social - PNAS;

CONSIDERANDO a Resolução CNAS n.º 130, de 15 de julho de 2005, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social - NOB/SUAS;

CONSIDERANDO a Resolução CNAS n.º 269, de 13 de dezembro de 2006, que aprova a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social – NOB-RH/SUAS;

CONSIDERANDO a Resolução CNAS nº 172, de 2007, que recomenda a instituição de Mesa de Negociação, conforme estabelecido na NOB-RH/SUAS;

CONSIDERANDO a Resolução CNAS nº 210, de 2007, que aprova as metas nacionais do Plano Decenal de Assistência Social;

CONSIDERANDO a Resolução CNAS n.º 109, de 11 de novembro de 2009, que aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais;

CONSIDERANDO a Resolução da Comissão Intergestores Tripartite - CIT nº 07, de 2009, que dispõe sobre a implantação nacional do Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda no âmbito do SUAS;CONSIDERANDO a meta prevista no Plano Decenal de Assistência Social, de Contribuir com o estabelecimento da política de recursos humanos do SUAS que garanta a definição da composição de equipes multiprofissionais, formação, perfil, habilidades, qualificação, entre outras”;

CONSIDERANDO o DECRETO nº 7.334, de 19 de outubro de 2010, institui o Censo do Sistema Único de Assistência Social - Censo SUAS; e

CONSIDERANDO o processo democrático e participativo de debate realizado com os trabalhadores da Assistência Social nos cinco Encontros Regionais, no primeiro Encontro Nacional, coordenado pelo Conselho Nacional de Assistência Social e, a realização de oficinas.



RESOLVE:

Art. 1º Ratificar a equipe de referência, no que tange às categorias profissionais de nível superior, definida pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social – NOB-RH/SUAS, aprovada por meio da Resolução nº269, de 13 de dezembro de 2006, do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS.

Parágrafo Único. Compõem obrigatoriamente as equipes de referência:
I - da Proteção Social Básica:
Assistente Social;
Psicólogo.

II - da Proteção Social Especial de Média Complexidade :
Assistente Social;
Psicólogo;
Advogado.

III - da Proteção Social Especial de Alta Complexidade:
Assistente Social;
Psicólogo.

Art. 2º Em atendimento às requisições específicas dos serviços sociassistenciais, as categorias profissionais de nível superior reconhecidas por esta Resolução poderão integrar as equipes de referência, observando as exigências do art. 1º desta Resolução.

§1º Essas categorias profissionais de nível superior poderão integrar as equipes de referência considerando a necessidade de estruturação e composição, a partir das especificidades e particularidades locais e regionais, do território e das necessidades dos usuários, com a finalidade de aprimorar e qualificar os serviços socioassistenciais.

§2º Entende-se por categorias profissionais de nível superior para atender as especificidades dos serviços aquelas que possuem formação e habilidades para o desenvolvimento de atividades específicas e/ou de assessoria à equipe técnica de referência.

§3º São categorias profissionais de nível superior que, preferencialmente, poderão atender as especificidades dos serviços socioassistenciais:
Antropólogo;
Economista Doméstico;
Pedagogo;
Sociólogo;
Terapeuta ocupacional; e
Musicoterapeuta.

Art. 3º São categorias profissionais de nível superior que, preferencialmente, poderão compor a gestão do SUAS:
Assistente Social
Psicólogo
Advogado
Administrador
Antropólogo
Contador
Economista
Economista Doméstico
Pedagogo
Sociólogo
Terapeuta ocupacional

Art. 4º Os profissionais de nível superior que integram as equipes de referência e gestão do SUAS deverão possuir:
I - Diploma de curso de graduação emitido por instituição de ensino superior devidamente credenciada pelo Ministério da Educação – MEC;
II – Registro profissional no respectivo Conselho Regional, quando houver.

Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

CARLOS EDUARDO FERRARI
Presidente do CNAS