A questão alimentar, hoje em dia, se configura num dos mais graves problemas do mundo. De acordo com Silva e Campos (2003) apesar do aumento na produção de alimentos, principalmente a partir da década de 70, grande parte da humanidade ainda vive em situação de insegurança alimentar.
Segundo estes autores o Brasil devido à sua extensão e diferença climática tem uma grande produção de alimentos, sendo uma das maiores do mundo em termos de volume. E o que se percebe, a questão alimentar não está dada na produção, mas, em grande parte pela distribuição de alimentos no mundo.
Nos grandes centros de abastecimentos como a CEASA, todos os dias o que se vê são volumes imensos de alimentos sendo jogados fora, configurando num desperdício. Alguns alimentos que passando por uma análise de padrão e identidade em sua qualidade, daria para alimentar famílias inteiras que sofrem com a carência de alguns alimentos.
O desperdício de alimentos é fruto de uma ação que estabelece para o consumo humano níveis compatíveis de utilização do alimento tendo como quesito as integridades físicas dos alimentos, tais como: podridão, murchamento, cor, aroma, etc. Estes fatores são fundamentais para a comercialização do produto. No entanto, as condições de armazenamento e o transporte prejudicam que boa parte da produção seja comercializada, e, desta forma, são descartados.
Para o consumo destes alimentos são feitas coletas a partir de uma análise de suas integridades e destinados a ONG's, filantropia, instituições. O SESI possui um Banco de Alimentos que garante a distribuição e alimentação de populações em estado de carência. Garantindo boa alimentação e melhor distribuição dos recursos da entidade para outros fins.
Existem formas que podem minimizar o desperdício de alimentos, uma delas é o aporte da agroindústria de base familiar. Nela, toda a produção e comercialização da matéria-prima ganha destinação final e passa por um processo de industrialização garantindo renda e segurança alimentar para toda a família.
Mas é nos grandes centros que o desperdício de alimentos ganha maior expressão, em lares de todo o Brasil, a cada dia toneladas de alimentos se perdem. A falta de planejamento, organização e administração contribuem para este desperdício. O planejamento do cardápio é fundamental para elaborar lista de compras e determinar as quantidades. A organização está no armazenamento, sempre consumir os produtos que vão vencer primeiro, e seguir as formas de acondicionamento da embalagem. A administração se refere a comprar produtos que mesmo estando na promoção observar a data de vencimento, chegar cedo às feiras e mercados, comprar no dia do abastecimento.
Assim, a Economia Doméstica contribui para que as pessoas possam otimizar todos os seus recursos em detrimento de uma qualidade de vida, onde, o compromisso com a conscientização e a segurança alimentar ganham corpo em nossa sociedade.
Referência:
SILVA, M. M. S.; CAMPOS, M. T. F. S. Segurança alimentar e nutricional na atenção básica em saúde. Viçosa: UFV, 2003. 182 p.
Autor: Guélmer Faria
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