terça-feira, 29 de março de 2011

SAÚDE DA MULHER: Rede Cegonha é lançada e deverá atuar como "corrente de cuidados especiais"

"Uma corrente de cuidados especiais para as gestantes". Esta foi a definição da presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, 28 de março, quanto ao papel que a Rede Cegonha (lançada hoje) deverá exercer. O programa contará com investimentos de 9,4 bilhões até 2014 e tem o objetivo de atuar antes mesmo do nascimento da criança, no intuito de que haja maior qualidade de vida para a gestante e melhores condições para o parto.

Segundo Dilma destacou no programa semanal Café com a Presidenta, um país pode ser medido pela atenção que dá às mães e aos bebês.

A Rede Cegonha será ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS). A mulher que chegar a uma unidade estadual ou municipal informando que está grávida ou que há suspeita de gestação deverá passar, inicialmente, por um teste rápido. “Vamos começar o pré-natal ali, no primeiro contato com a gestante, para incentivá-la a fazer um pré-natal completo, como é o recomendado”, explicou Dilma.

De acordo com a presidente, o governo federal vai garantir recursos para o deslocamento da gestante às consultas e exames por meio de vale-transporte. Ao final da gestação, se a mãe tiver cumprido todo o pré-natal, receberá também um vale-táxi para ir à maternidade.

Atualmente, cerca de 90% das gestantes brasileiras realizam as quatro consultas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Rede Cegonha pretende ampliar o número para seis. O SUS recomenda ainda 20 tipos de exames às gestantes e, com o programa, testes como a ultrassonografia deverão ser incluídos no pré-natal. Caso seja detectada uma gravidez de risco, nove tipos de exames complementares também terão recursos garantidos.

A gestante poderá conhecer, com antecedência, a maternidade para a qual será encaminhada e vai ser estimulada a fazer parto normal. O governo federal pretende criar ainda casas da gestante e casas do bebê, unidades localizadas dentro de maternidades de alto risco.

“A mulher pode precisar ficar nessas casas antes do parto, caso não tenha indicação de ficar internada mas precise continuar sendo observada. Elas podem também ser indicadas depois do parto, quando o bebê está em uma UTI [unidade de terapia intensiva] ou não possa, por nenhum motivo, ir para casa”, explicou Dilma.



Fonte: Ecodesenvolvimento/ com informações da Agência Brasil

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