sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Artigo aborda as novas (re) configurações do trabalho doméstico remunerado no Brasil.

Será realizado na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) nos dias 26, 27 e 28 de Agosto o I Colóquio Internacional “Recursos na luta contra a pobreza: entre o controle societal e reconhecimento social”. Dentre as comunicações que serão apresentadas, está o trabalho intitulado: AS NOVAS (RE) CONFIGURAÇÕES DO TRABALHO DOMÉSTICO REMUNERADO NO SISTEMA CAPITALISTA VIGENTE, que será apresentado pelos autores: Guélmer Júnior Almeida de Faria (Economista Doméstico, formado pela UFV) e pelo Profº Délcio César Cordeiro Rocha (Professor do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG).

Este artigo teve como principal objetivo analisar os obstáculos e discrepâncias que o trabalho doméstico é tido na sociedade; a feminização e domesticação a eles vinculada são elementos instigantes para o estudo desse trabalho, sob a lógica do capital. Nesta linha de buscar a classificação do trabalho doméstico em algum modo de produção acaba por considerar a produção de força de trabalho pela mulher como mera produção de simples mercadorias. A questão que se coloca são as novas (re) configurações que tomam corpo no bojo da acumulação primitiva do capital em tempos de capital fetiche.

Para isso, utilizou-se a pesquisa de emprego e desemprego (PED/2009), realizada nas principais regiões metropolitanas pelo DIEESE em parceria com a Fundação Seade, Ministério do Trabalho e Emprego e parceiros regionais. Buscou-se conhecer as características desta profissão e o perfil de suas trabalhadoras para ajudar a subsidiar o atual debate político sobre a garantia dos direitos trabalhistas e de proteção social.

Pode-se concluir que a desqualificação por ser um tipo de trabalho que não requer investimento, considerado algo “inato” da mulher. A desfiliação por parte até mesmo da categoria que não se filia ao sindicato, gera frustrações no campo da ação política, no sentido do engajamento de classe. A desproteção vem sinalizando que em um mundo globalizado, a flexibilização das leis do trabalho e a precarização das condições de trabalho, são armadilhas para a reivindicação e exigência de proteção social. Todos esses atributos contribuem de sobremaneira para aumentar a exclusão social desses sujeitos sociais.

Informações Colóquio Internacional: http://www.coloquiointernacional.unimontes.br/

Fonte: Guélmer Faria

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