Será realizado na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) nos dias 26, 27 e 28 de Agosto o I Colóquio Internacional “Recursos na luta contra a pobreza: entre o controle societal e reconhecimento social”. Dentre as comunicações que serão apresentadas, está o trabalho intitulado: “UM DIA LOTE VAGO NO OUTRO LIXÃO A CÉU ABERTO”: A REALIDADE DE TERRENOS BALDIOS NO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS-MG. Uma questão ambiental, social ou cultural? que será apresentado pelos autores: Guélmer Júnior Almeida de Faria (Economista Doméstico, formado pela UFV) e pelo Profº Délcio César Cordeiro Rocha (Professor do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG).
Este trabalho é uma reflexão sobre a relação entre o uso e ocupação do solo urbano em cidades de porte médio por parte da população através do diferentes usos que se faz de áreas “vazias” nos centros urbanos, mais especificamente sobre a utilização destes como “bolsões de lixo”.
Para coleta dos dados referentes à pesquisa utilizou-se um levantamento junto aos órgãos públicos dos cadastros de lotes vagos do município de Montes Claros-MG, foram feitas visitas ao local para descrição detalhada das condições em que se encontravam e registros fotográficos. E também foram feitas observações in loco, com a finalidade de identificar quem são os principais atores sociais envolvidos.
Conclui-se que entre os fatores que levam a sociedade a descartar o lixo em terrenos baldios estão: muitos bairros não possuem uma coleta de lixo com horário compatível, facilidade em descartar o lixo em qualquer lugar, falta de conscientização da população, falta de educação, falta de investimento social, falta de programas de educação ambiental nas escolas. Os pontos onde com maior freqüência ocorre o descarte do lixo doméstico são em lotes vagos-terrenos baldios que não possuem edificação, geralmente, estes se encontram repletos de vegetação, o que agrava o problema de acúmulo de entulho e proliferação de animais (roedores répteis e etc.). O uso e ocupação do solo urbano em Montes Claros-MG vêm sendo permeados por todos os problemas que as cidades de médio porte estão passando com o advento do seu desenvolvimento econômico e social. O planejamento urbano é uma das alternativas, mas, muitos gestores aplicam suas forças em favor da ação política.
Informações Colóquio Internacional: http://www.coloquiointernacional.unimontes.br/
Fonte: Guélmer Faria
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